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Estudantes da FAJE participarão de encontro virtual com o Papa Francisco, no próximo dia 24

Nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, dois estudantes de Teologia da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) – Marina Pizoni e Jerfferson Amorim de Souza –  viverão uma experiência especial: junto com outros estudantes de faculdades e universidades das três Américas, terão um encontro virtual com o papa Francisco. O encontro, com o título “Construindo pontes:  um Encontro Sinodal entre o Papa Francisco e Estudantes Universitários” será às 15 horas (horário de Brasília) e poderá ser acompanhado pelo YouTube. (https://www.youtube.com/watch?v=Z5n4dhEQgw8)  O convite ao papa foi feito pela Universidade Loyola de Chicago, que organiza o evento, junto com a Santa Sé.

No encontro, espera-se que Francisco e os universitários abordem os principais desafios de nosso tempo, e que os estudantes compartilhem projetos educativos concretos que buscam transformar com justiça as realidades ambientais e econômicas. Também serão abordados quais compromissos educacionais poderão contribuir para integrar e fortalecer periferias existenciais.

E como os estudantes da FAJE encaram esta oportunidade de se encontrarem com estudantes de outras instituições das Américas para um diálogo com o papa Francisco?

Para Marina Pizoni, que é leiga, tem 21 anos, é natural de Catanduva (SP), e cursa o terceiro ano de Teologia, se trata de uma expressão clara da sinodalidade que toda a Igreja é convidada a viver. “É uma grande honra e alegria poder participar desse momento, em que nos é dada a oportunidade de sermos escutados(as), acolhidos(as) e de conhecermos as distintas perspectivas dos(as) jovens universitários(as) sobre as problemáticas mundiais, principalmente no que toca a temática da migração. Compete a nós, enquanto sociedade, refletir e buscar meios sustentáveis para agir com solidariedade e fraternidade como o próprio Papa Francisco está sempre a nos instruir”, explica a jovem teóloga.

Segundo Marina, sua maior expectativa está nos frutos que virão desse encontro, os passos seguintes dessa caminhada. “Almejamos construir pontes que nos possibilitem melhor colaborar com os que sofrem com o movimento de migração forçada, aqueles que não podem permanecer no local que querem. Meu desejo é que o Santo Padre, além de nos ouvir, conceda-nos luzes para continuarmos caminhando, realizando nosso melhor papel enquanto estudantes e povo de Deus, sempre em busca de uma sociedade verdadeiramente solidária e atenta às urgências do mundo”, afirma Marina.

Nas palavras do estudante jesuíta de 32 anos, Jerfferson Amorim de Souza, natural de Brejo Santo (CE), também estudante do terceiro ano de Teologia, o desejo do Papa é dialogar com os estudantes em vista de problematizar e tentar propor soluções para o problema migratório que afeta o continente. “Mas não se trata do fenômeno em si, mas de ir às suas raízes: quais as dinâmicas sociais, econômicas e políticas que afetam nossos países obrigando a que as pessoas migrem? Nesse sentido, trata-se de um encontro relevante, porque o Papa dará aos estudantes universitários a oportunidade para que projetemos nossas vozes e denunciemos as situações de injustiça, desigualdade, economia predatória e pobreza que afetam nosso continente”, comenta Jerfferson.

Ele acredita que o encontro tem um grande significado porque o Papa Francisco acredita que os jovens podem oferecer respostas para as urgentes questões de nosso tempo. “Em perspectiva sinodal, o encontro ainda possibilita que estudantes de todas as regiões do continente possam caminhar juntos, compartilhando suas experiências e pensando em possibilidades de ação para a transformação de nossas realidades locais. Trata-se, portanto, de uma verdadeira experiência de sinodalidade que nos faz perceber que juntos podemos pensar em novas possibilidades de existência no continente nas quais a dignidade humana e a casa comum são respeitadas”.

Em preparação ao encontro do dia 24, os estudantes têm realizado reuniões preparatórias, que já dão o tom de união e irmandade entre os participantes oriundos de diferentes regiões do vasto continente americano. “Quando dialogamos, os nossos horizontes se abrem, o coração aquece e podemos caminhar com esperança”, afirma Jefferson.

Assim como Marina, Jerfferson espera que o encontro seja o primeiro passo de um caminho que possa levar a construir pontes a partir do entrelaçamento de projetos concretos entre as universidades jesuítas e outras instituições:  “que ao discutir as causas radicais da migração no continente possamos, como Igreja, assumir a missão de uma evangelização centrada em uma autêntica promoção humana e na libertação integral das pessoas; que, como diz o Papa Francisco, possamos redescobrir a solidariedade não simplesmente como generosidade dos gestos individuais do dia a dia, mas como autêntica justiça social. E, querendo ou não, fica a curiosidade ou o desejo de que o encontro seja apenas o ponto de partida de um diálogo, caminho a ser construído a partir daqui”, conclui o jesuíta.

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