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MINICURSO | Nazismo, fascismo e classicismo: usos e abusos do passado

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17 a 19/06 | 19h às 20h20
Prof. Dr. Igor Cardoso
Modalidade: Online
Investimento: R$ 80,00

Ementa: Há algum tempo, os estudos de recepção foram entendidos como pesquisas menores, ainda que muitas vezes eruditas, que fogem propriamente ao campo dos estudos clássicos. Em relação às apropriações e aos abusos da Antiguidade pelo nazi-fascismo, classicistas muitas vezes se constrangeram com a matéria, enquanto historiadores do período contemporâneo simplesmente a ignoraram. Essa postura começou a mudar com a “virada cultural” a partir dos anos 1980, quando se buscou compreender o político por meio de manifestações culturais e artísticas. Em uma dessas abordagens, o fascismo passou a ser compreendido como uma “religião política” que, fundando-se em mitos e narrativas antigas, “sacraliza” e “estetiza” a política. A presença dos Antigos nos regimes nazista e fascista deixa de ser vista como mera ornamentação, passando a integrar um núcleo que busca explicar, legitimar e propagar a própria organização e manifestação política. Os estudos de recepção permitem compreender os interesses que fazem os modernos mobilizarem os antigos, seja por meio da identidade ou da diferença, seja alterando, distorcendo, inventando ou suprimindo vozes do passado antigo. Em cinco movimentos, veremos como Hitler e os nazistas mantiveram uma relação de fascínio com a Antiguidade grega e romana mobilizando-a em função de um projeto nacionalista e racista, em que a estética desempenhava importante papel. Também veremos o diálogo entre nazistas e fascistas com a Antiguidade e como essa relação ideológica muitas vezes sobressaiu às próprias estratégias militares alemãs. A conclusão é de que a mitificação do passado clássico contribuiu para a queda do regime nazista.

Docente: Prof. Dr. Igor Cardoso

Quando: 17 a 19/06 | 19h às 20h20

Modalidade: Online (plataforma TEAMS)

Investimento: R$ 80,00

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